ÍNDICE
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(As lições e os temas
cultuais relativos ao assunto das lições)
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Texto bíblico Salmo 76; Romanos 1
e 2 –
Texto áureo Romanos 1.17
DIA A DIA COM A BÍBLIA
Segunda – Salmo 76.1-12
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Sexta – Romanos 1.24-32
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Terça – Romanos 1.1-7
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Sábado – Romanos 2.1-11
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Quarta – Romanos 1.8-15
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Domingo - Romanos 2.12-16
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Quinta – Romanos 1.16-23
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A justiça divina é tema normativo
na Bíblia Sagrada. A partir de sua natureza imaculada, Deus sempre desejou que
os seres humanos tivessem uma relação interpessoal sadia, em que deveria prevalecer
o respeito mútuo a partir do reconhecimento do direito de cada um. A Bíblia é a
carta magna de toda a humanidade. Os preceitos retos, invariáveis e santos estão
nela para dar sentido à vida. Como você conceitua justiça e de que forma aplica
tal conceito a Deus e a sociedade? Junto a isto, responda: como a igreja tem
encarado esta questão, ou seja, ela tem se preocupado em cultivar a justiça
interna e externamente?
O
DEUS JUSTO (SI 76)
Nas páginas do Antigo Testamento,
o termo justiça, ao ser aplicado a Deus,tem em especial duas vertentes entre outras
possíveis. A primeira aponta para a excelência moral de Deus. Por exemplo,
quando o salmista declara que o Senhor é justo (119.137), dá ênfase à perfeição
moral do Senhor. Justiça é sinônimo de retidão. Deus é reto, perfeitamente reto.
Os exemplos do nosso mundo são insuficientes para expressar a sublimidade da
retidão divina. Um profissional pode fazer com que uma determinada superfície
pareça reta a olho nu. Entretanto, por melhor que seja o trabalho do profissional,
colocando aquela superfície aplainada diante de um equipamento que possa
aumentar em muito o grau de visibilidade, certamente algumas ondulações aparecerão.
Com Deus é diferente. Ninguém jamais verá alguma “ondulação” (marca, mácula,
erro etc.) no caráter dele. Se os termos excelência e perfeição podem nos dizer
alguma coisa que vai além do natural, então tais termos são aplicados ao Deus
justo com pertinência.
A segunda vertente, que é
conseqüência desta primeira, aponta para a retidão .de conduta. O salmista
afirma que “Porque o Senhor é justo, e ama a justiça;o seu rosto está voltado
para os retos”(SI 11.7). O Salmo 76 fala da majestade e glória do Senhor, ao
mesmo tempo em que celebra a sua justiça em livrar Jerusalém de uma ação
planejada pelos imperialistas e opressores assírios. (O império assírio foi um
dos mais violentos e injustos da história da humanidade e dominou o mundo
conhecido de então por cerca de 500 anos, vindo a ruir ,no ano 614 a.C.). O
salmista entendeu que o Deus da excelência moral só pode ter uma conduta também
excelente. É o mesmo que dizer que o Senhor é reto em si e correto em suas
atitudes. Acrescentamos também o fato de o Senhor ter o seu rosto voltado para
os que amam a justiça. Isto aponta para o ideal divino de retidão na relação
que os seres humanos desejam manter com ele e da retidão ou justiça na relação
interpessoal. Portanto, de acordo com a Bíblia, Deus é perfeitamente reto em
si, e perfeitamente correto em tudo o que faz.
O
DEUS JUSTO REQUER OBEDIÊNCIA IRRESTRITA E MORALIDADE EXCELENTE
(Rm
1.5; 26-2.16)
Deus sempre desejou que as
pessoas, fossem retas em suas atitudes. As injustiças que são cometidas em
igrejas que se levantam contra seus líderes espirituais, atitudes pecaminosas,
outras que norteiam e ferem o princípio da convivência cristã maculam o ideal
divino da comunhão. A igreja precisa urgentemente rever suas atitudes. Precisa
reler sobre a justiça divina e sobre os ideais do Senhor na relação
interpessoal cristã. Se a igreja não se repensar em regime de urgência,
urgentíssima, sua relevância no mundo tenderá a se extinguir.
O Deus justo requer obediência irrestrita
e moralidade excelente. Romanos 1.16,17 afirma que o evangelho revela a justiça
de Deus, a qual é aquiescida de fé em fé. Ao mesmo tempo afirma que o evangelho
é o poder de Deus para a salvação. O evangelho é o único poder capaz de causar
transformação moral no indivíduo. Nada pode fazer o que o evangelho faz. O
cristão verdadeiro é aquele que, pela obediência irrestrita ao Senhor, se lança
à tarefa de cultivar uma moralidade que prima pela excelência. É bom que se
diga que a excelência divina é a meta. E impossível que o ser humano chegue à
perfeição do Todo-Poderoso. Entretanto, fitando os olhos em Jesus, como Paulo
orienta os filipenses, “naquela medida da perfeição a que já chegamos, nela prossigamos”
(3.16).
A obediência da fé (Rm 1.5), à
qual fomos chamados, não é uma obediência cega. Ao contrário, é uma obediência
que vem por meio da comunhão com Deus, o que conduz a pessoa a examinar as Escrituras,
ver e rever suas atitudes, analisar todas as coisas e reter aquelas que
edificam. Os que desprezam o conhecimento existencial de Deus andam nos caminhos
da depravação moral e são entregues pelo Senhor à disposição mental reprovável
deles (Rm 1.26,28). Não há desculpas para eles (Rm 2.1). Os injustos declarados
bem como aqueles que encobrem suas injus-tiças, julgando os atos errados dos outros,
todos eles receberão o prêmio da injustiça. Os que perseveraram em fazer o bem,
isto é, os que primaram por se identificarem com a justiça divina receberão o
prêmio da justiça. Obediência e moralidade excelente são inalienáveis na
verdadeira vida de fé.
O
DEUS JUSTO REQUER HONRADEZ E FIDELIDADE (Rm 1.18-25)
A injustiça, ou seja, pensamentos
e ações que contrariam a retidão divina, muitas vezes chega à igreja de modo
sutil e sedutor. É alarmante o número de grupos que dizem ser igrejas e que não
trabalham a transformação moral do indivíduo nem da sociedade. Tal qual
acontecia entre os romanos (1.18-27), nossa sociedade tem perdido sistematicamente
os seus referenciais de moralidade e retidão. Pior que isto, igrejas que deveriam
ser coluna e esteio da verdade, agora, movidas pelo mercantilismo da fé,
deixam-se seduzir pelos, muitas vezes, sutis padrões moralmente frouxos da
sociedade, e criam um tipo também frouxo de fé, onde impera o “vale tudo” . São
igrejas que, idênticas ao mundo corrompido,
“trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à
criatura antes que ao Criador” (v. 25).
Padrões injustos dc pensamento e comportamento não são aceitáveis no universo
da verdadeira fé. Quem assim age fere a justiça divina e se torna alvo da sua
justa retribuição: “Pois do céu é
revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm
a verdade em injustiça” (v. 18).
Paulo afirma que Deus não
cometerá nenhum ato que deixe qualquer sombra de injustiça. Sua ira, seus
juízos e punições são corretos, conforme temos estudado. Assim, pessoas que
negam o conhecimento da verdade e mudam a glória do Deus incorruptível em
semelhança da imagem de homens, aves, animais e quaisquer outras coisas, que
são corruptíveis, tornam-se indesculpáveis e haverão de provar de sua própria
injustiça (v. 21-26).
Desta forma, aqueles que, sob a
capa do cristianismo, praticam atos de injustiça receberão o galardão da
injustiça, ao passo que os que com fidelidade honraram o justo Senhor, estes
terão o prêmio da retidão.
CONCLUSÃO
Como temos visto, Deus é reto no
caráter e correto nas atitudes. Em Deuteronômio há a seguinte declaração:
“Ele é a rocha; suas obras são
perfeitas,porque todos os seus caminhos são justos; Deus é fiel
e sem iniqüidade; justo e reto é ele”
(Dt 32.4). Seu senso de justiça vai muito além daquilo que o entendimento
humano consegue alcançar. Ele nunca pratica atos de justiça isolados do seu amor
incondicional. Sua justiça é disciplinadora|. retributiva e restauradora.
Exceto àqueles que pecam de modo irreversível, ou seja, os indesculpáveis do
texto bíblico estudado, sempre que a justiça divina se manifestar como castigo,
a meta ,será a restauração, pois a retribuição e a disciplina visam exatamente
isto. A final de contas, o Deus Santo e Salvador ama a quem castiga e castiga a
quem ama.